O retorno da pimenta

Quase dez anos se passaram desde o último post! Não me recordo da última vez em que tinha lido tudo que o escrevi. Quanta vida se vive em 8 anos!

Quantas páginas viradas, quantas experiências, quantos relacionamentos, quantas pessoas, quantas viagens, quantas risadas e lágrimas, quantas dores e amores, quantas perdas e conquistas, quanta transformação.

Muitos dos textos já não me dizem mais nada. Alguns, porém, refletem o período mais dolorido e difícil que já enfrentei, tempo em que tinha de olhar nos olhos do sofrimento e da sensação de humilhação diariamente.

Foram muitos anos tentado fechar essa ferida, que hoje é uma grande cicatriz e já não dói. Esse processo de cicatrização me tornou mais forte, mais auto confiante, mais decidida e confortável na minha própria pele.

Já não quero ser perfeita, não sigo nenhum padrão e não me importo com o julgamento alheio. Vivo de acordo com a minha verdade e a minha consciência.

É claro que continuo cheia de defeitos, que tenho momentos de extrema tristeza e de raiva do mundo, de medo, de vontade de desaparecer…Contudo, também aprendi a gostar de mim, da minha companhia e a estar em paz com quem eu sou.

Os 40 anos nos trazem rugas, cabelos brancos, cansaço, flacidez, mas nos dão maturidade para lidar com a vida, com as partes boas e com as partes ruins.

você

tem sempre uma música que diz tudo o que eu queria expressar…essa é perfeita para o momento!

“Você que tanto tempo faz
Você que eu não conheço mais
Você que um dia eu amei, demais

Você que ontem me sufocou
De amor e de felicidade
Hoje me sufoca de saudade

Você que ja não diz pra mim
As coisas que eu preciso ouvir
Você que até hoje eu não esqueci

Você que eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade aqui em mim, você ficou

Você que eu não encontro mais
Os beijos que ja não lhe dou
Fui tanto pra você
E hoje nada sou”

(Roberto/Erasmo)

 

o pensamento

e eu ainda me surpreendo com o poder dos pensamentos…
talvez por ser uma pessoa pessimista, com a cabeça normalemente tomada por ideias negativas.
andei pensando tanto em você, te vendo ali deitado ao meu lado na cama, sentindo seu cheiro no travesseiro.
e não é que você apareceu, com a mesma saudade e vontade de estar por perto?

minha trilha sonora

 

“Yo no quiero un amor civilizado,
con recibos y escena del sofá;
yo no quiero que viajes al pasado
y vuelvas del mercado
con ganas de llorar.

Yo no quiero saber por qué lo hiciste;
yo no quiero contigo ni sin ti;
lo que yo quiero,
es que mueras por mí.

Y morirme contigo si te matas
y matarme contigo si te mueres
porque el amor cuando no muere mata
porque amores que matan nunca mueren”